NOITE

Noite,

sombria noite...

Onde os mistérios se escondem na bruma,

onde zumbis e morcegos passeiam,

onde amantes procuram a penumbra.

Em silêncio, as estrêlas

vigiam a madrugada,

ouvem passos rápidos,

andando pelas calçadas.

Silhuetas escuras,

que mais pareciam fantasmas,

pairam escondidos,

enterrando os seus cadáveres.

O poeta da sua janela, escreve,

sobre as estrelas que nos espiam...

Vagam,

vagalumes e pirilampos,

cigarra entoando o seu canto,

e os segredos, no escuro em desencanto

Noite,

dorme com seus anseios,

a manhã se surpreende,

que ao chegar,

os vestígios da noite,

ainda passeiam!

23/05/2007 Tereza Neumann