Aquarela dos Sonhos

No espaço soltei a aquarela,

pintei miçangas e lantejoulas,

cobrindo cada ponto com uma estrela

e cada centro com a sagrada oração

baquiana, pautada e nunca esquecida

no vira-vira das ampulhetas,

símbolos de um verso

além do tempo,

além das madrugadas poetisas

em caladas vozes e em mesas

que ganham vida pela mão do ancião

um herói sem capa, sem espada,

apenas uma taça de vinho

tomando a musa em seus braços,

gema de uma virtude grega,

essência ébria de cada parábola

beatificada nesta aquarela de sonhos

pescados em lagos, rios e mares

de um caminho imaculado

por vezes sacrificado

chamado destino!

Auber Fioravante Junior

26/05/2007

Porto Alegre – RS

Auber Fioravante Júnior
Enviado por Auber Fioravante Júnior em 28/05/2007
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