PARAÍSO AMAZÔNICO
Bem-te-vi! diz Pituã
é quando deus Tupã
fica em pânico.
Aquietou-se o Tangará
por detrás da Pequiá
e teve medo.
Cairé dá um sinal:
o estranho animal
que é mecânico,
Põe por terra o Tururi,
o Abiú, o Açaí,
o arvoredo.
Vê-se o bicho-homem
profanando o paraíso Amazônico:
sua cauda é de serpente,
sua busca é renitente,
é ambição e obstinada ilusão.
Cuidai, Meu Deus, das tribo daqui
os inimigos estão por aí
com seus fuzis e mortes impregnadas:
extinção e terror de mãos dadas.
Para onde foi o Irapuru,
o Tié, o Colibri, o Nhambu?
cadê o Acaraí, o Biraró,
Punã, Igá-Açu... Viraram pó?