Perfeição da natureza

À noite brilham os pirilampos
E entre o medo e a coragem
Nasce a perspectiva do amor
Senhora dos ânimos ocultos.

Entre uma arvore e outra
O vento deleita da serenata
E no balanço da vida
Campeia a dor da paixão.

Sobre cachoeira e cascata
O pé de cedro florido
É pelo encanto do amor
Que multidões têm corrido.

E a vida segue como as ondas
No mar e no seu vai-e-vem preciso
Não nos deixa entender,
Mas lá longe, muito longe imaginar.

Amanhece, aterrissa-se o pirilampo
Esturricado pela própria lanterna
Que a noite anterior clareou, nada a reclamar,
Porque na próxima outros irão substitui-lo.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 06/02/2015
Reeditado em 16/02/2015
Código do texto: T5127952
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