Vazio
O que há de novo?
Na tristeza ou na alegria
De ser só, em ser do povo
Em uma tarde, ao fim do dia
Me sinto o infinito que restou
De um poema de Rimbaud
Ou o que você quiser
Ou um verso de Baudelaire
Já vivi ferido e ileso
E já fui livre por aqui
Até que enfim eu me sinto preso
Em qualquer pedaço de ti
O que há de ser, até o amor nos reconhecer?
O que faremos de egoísta por nossos altruísmos?
Além do choro do entristecer
Em alguns distantes extensos abismos.