Ser do mato

Ser do mato

Dos pés no chão.

Das mãos calejadas.

De dormir com as galinhas

E acordar de madrugada.

Ser do mato

Do cheiro do sertão.

Dos sabiás laranjeiras.

Dos frutos maduros

Das belas mexeriqueiras.

Ser do mato

Da comida caseira.

Da moda de violão.

Do cafezinho preto

Do arroz com feijão.

Ser do mato

Dos contos e causos.

Da lenda do bicho papão.

De jogar conversa fora

Do medo de assombração.

Ser do mato

Da casa de taipa.

Coberta de sapê.

Das cantigas das cigarras.

E a alegria de viver.

Candio Domingues
Enviado por Candio Domingues em 19/02/2015
Código do texto: T5142106
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