Um passeio, uma foto, um poema.

Há passeios e passeios...

Uns ficam na lembrança

Pra sempre.

Vão e vêm como alento

A imagens generosas.

A manhã estava cheia de névoas

Próprias das grandes altitudes.

O verde era mais verde,

O céu, mais perto de nós.

A natureza nos acolhia

Com a suavidade dos brutos.

O silêncio se fazia ouvir.

Manso, nostálgico.

Ao longe,

O pio surdo da ave desgarrada

Sozinha na mata

Imensa.

Olhávamos as belezas

Do lugar ainda

Ausente de humanidade.

Ficamos ali

Ausentes também

Da vida costumeira

Como a registrar

Um momento inusitado,

Em estado natural.

Anna del Pueblo
Enviado por Anna del Pueblo em 22/02/2015
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