LUAR DO SERTÃO

 
A lua de prata
Um cachorro a uivar
Em serenata.
Lindas estrelas,
Dançando no espaço
Adoro vê-las.
Doido recital;
Uma orquestra de grilos
Invadiu o quintal.
Ao rasgar o véu
Um cometa espada
Desvirgina o véu.
Lentamente, uma
Doce paz vai tomando  
Conta da gente.
Noite na roça:
Sem ficar sentimental
Não há quem possa.
Gente, não há não,
Outro luar como esse,
Do nosso sertão.