A desconhecida

Longe, bem longe da cidade. Distante de qualquer aglomeração Zequinha fora passar um fim de semana numa estância considerada paradisíaca, um paraíso para quem vive na cidade grande. Encantou-se com floresta, cachoeira e animais que lá viviam. De início, a única coisa que lhe encodava eram os pernilongos, enfim arrumou alguns repelentes naturais e resolveu o problema, fora isso a noite fora das mais tranquilas que vivera nos últimos tempos.
Depois daquela noite bem dormida, levantou e foi ao refeitório tomar seu primeiro café da manhã; mesa farta, tinha de tudo, inclusive frutas e broa de milho feita no forno a lenha, o rapaz se esbaldou, comeu feito um padre.
Em seguida juntou-se a algumas pessoas do lugar e foi dar uma caminhada na mata. No topo da montanha avistou uma casinha bem humilde coberta de sapê onde morava órfã mocinha linda que por ele se encantou.
Zequinha, rapaz meio tímido, apesar de viver na cidade, pegou em sua mão e a convidou para com eles caminhar. Foi um momento de grande emoção para ela que num sorriso se revelou, emocionando a todos que com ela não se importavam. Caminharam e apesar das dificuldades do trajeto, a alegria agora era visível nos olhos dos dois, que de mãos dadas prometiam seguir juntos à mesma estrada.
Zequinha e a mocinha, que agora havia revelado seu nome, dizendo que se chamava Dandinha, resolveram viver na beleza do amor e foi com ele para a cidade morar. Se vivem bem ninguém da estância sabe porque o amor viaja no templo dos corações que se amam e é capaz de resistir a todas as dificuldades no enleio da paixão.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 29/05/2015
Reeditado em 30/05/2015
Código do texto: T5258884
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