ANJO DA MORTE

Diante de mim desfalece um anjo.

Escute seus gritos através do meu silencio.

Tive sua fragilidade em minhas mãos

E arranquei suas asas apenas por diversão.

Em seu corpo tatuei insultos.

Ainda vejo seu olhar congelado diante do mal

Diante da frieza do meu coração.

Não lutava, aceitava com resignação seu eminente fim.

Meu ódio perfurava seu peito como adagas.

Choravam os demais anjos.

Demônios perplexos diante de cruel demonstração.

Rosas adornam seu leito de morte.

Lânguida figura que agora contempla a eternidade.

Despeço-me do seu cadáver frio,

E o céu se tinge de negro.

Ainda sinto o gosto do teu sangue e me converto em fogo

Levarei entre meus cabelos seu angelical perfume.

E o anjo da morte agora voa livre

Buscando a outra frágil presa.

PS: A vitima fatal fui eu.

ETERNAMENTE AMANTE ENIGMÁTICA
Enviado por ETERNAMENTE AMANTE ENIGMÁTICA em 21/06/2007
Código do texto: T535427
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