Bucólicas

Oh! cartas bucólicas que mandastes pra ti

Enquanto o vento paira sobre os campos

E o canto dos pássaros é de ritmo quase constante

Noêmia se debruçava na janela

E respira o fresco ar que a natureza se presenteia

Como se alguma pessoa lhe indagasse:

-Como foi teu dia?

Uma dádiva,

o encanto,

belo pomar...

somente um sorriso veio rimar

Coisas que eu não rimo!

Coisas que eu não finjo ser

Mas me sinto sorrindo.

Sem essa de reflexos d’água

Sem ao menos lhe desejar (tudo bem)

O carteiro e a carta do poeta

O riacho que passa debaixo da pequena ponte

O carteiro que entrega a carta para Noêmia

Noêmia que lestes a carta que enviei!

O tempo passou tão rápido e pouco se percebe

Que os bons valores se constroem na medida certa.

Coração que engrandece com o perfume das rosas

E palpita ao longe!

(Carlos André)