Poesia amputada

Ser o que eu era, jamais serei.

O tempo não espera e desta verdade eu sei.

Se reclamar não ressucita o passado,

Posso suscitar o que me tem esperado.

As mazelas da vida terão lugar no esquecimento,

Se vivo outra realidade o presente não é fatalidade Para cada recordação uma lápide, falecimento.

Se viver de história é museu, tenho outra idade.

Cada fase tem seu peso e cada medida seu preço,

A paga de um lapso é um capítulo pra contar.

Se bom ou ruim fiz o que quis e sou o que mereço,

De resto o que fica são recordações pra guardar.

Neste espaço limitado podo minha inspiração,

Cada linha não cabe a metade desta dissertação.

Poesia precisa de céu, ou no mínimo, papel.

Como é chato ser sintético, no teclado do meu Cel.

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 13/01/2016
Reeditado em 13/01/2016
Código do texto: T5510248
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