Morfina

Inconsolável, um estado interminável de consternação.

A morte te abraçando, e te trazendo o silencio, pois em meio as sábias palavras que são ditas, o silencio tétrico, é como morfina que se usa para relaxar a forte dor que se sente.

Eu deixei o inferno de lado, com as palavras que não quero voltar a dizer, acho que quem você quer, nunca esteve aqui, sempre esteve adormecido,sempre esteve debaixo de escombros da vida, a repetição de maldições, a repetição de incertezas, tomam conta do coração,daqueles que preferem as nuvens,ao sol, daqueles que preferem a desistência, do que a luta, daqueles que preferem a catástrofe, ao invés de buscar as certezas de uma dura, porem verdadeira vitoria.

Os paradigmas, eles foram criados para o que,afinal de contas?

O tempo congelou os sentimentos, esfriou como um torrencial inverno, oculto,mas evidente, frio, que nem com o melhor dos casacos,ou as melhores lareiras foi capaz de aquece-los.

Isso revela, o espaço vazio que foi sacramentado em nossas almas,despidos de glórias,e aterrizados em total desgosto,e escuridão.

A morfina, que cala, que consente, que alivia, é a mesma que consterna nossos corações.

Leandro Vidile
Enviado por Leandro Vidile em 17/01/2016
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