Andarilho

Certa noite eu era muito feliz

Só havia luz no meu caminho.

Depois tudo ficou às escuras

E só restou a aurora imprecisa.

Abriram-se-me as asas do vento

Lamento da alma se podia ouvir

A distância transitória e ulular.

Coração de amor latente e casto

Eu olhava a Serra do Brigadeiro

Em busca dum grande amor...

Fui príncipe e no meu cavalo branco,

Nas artimanhas da vida...

Atravessei rios e fronteiras do infinito

Nada intacto aos olhos deste amor

Nem rancor ou ira, tudo se renovava

Ao inocente filho daquela Serra.

Meu canto já não é alegre nem traíste

Porém, nele persiste a ilusão do amor,

Porque a vida em si já é maravilhosa.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 15/05/2016
Reeditado em 15/05/2016
Código do texto: T5636615
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