A Colheita
A meia noite vejo
Um velho rindo hediondamente
Dos pecados, que ferozmente,
Brincavam à gracejos
Um riso de quem sabe e nada fala,
Antes se cala por mero capricho
De colher o que é de seu exijo.
A alma morta que no chão se espalha.
E de minha janela via
Que aquele velho ia e vinha,
E amotinava para si
O joio, que com fartura, brotava.