DEVANEIO

Espreme-se as vargens

e os grãos arrochadamente expelem

pelos vãos dos dedos...

Pela fragilidade da mente

e pela sensibilidade da vida.

Assim como o mudo, vai se movendo...

Um impulso a cada pulso

Uma palma para cada palma.

Abanam-se as mãos para aderir à saudade

enquanto isso, no passo a passo

abre-se a cachola

para o abraço dos pensamentos.

Esses espremidos, esmaga uma frase

dedilha um sentimento

segue esboçando o passado

e agregando planos para o futuro.

Em meio às facetas da vida...

Às vezes, nos encontramos sobre o vale

em outras vezes... Encontramo-nos

se equilibrando à cima do muro.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 07/11/2016
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