O Poeta e o Sábio

Ele caminhava entre as nuvens,

os caminhos eram tortuosos e incertos,

não tinha jeito, a felicidade não aparecia,

mas porque? Afinal ele era um poeta,

o poeta tinha o poder das inspirações,

criar por esse mundo muitas emoções,

emoções de alegrias imensas nos corações,

mas porque não aparecia a bendita felicidade,

nas suas poesias só a maldita da infelicidade,

ah! Aquele poeta até estava procurando a maldade,

e o que ele acreditava simplesmente era a bondade,

acreditava, mas o viver o decepcionava imensamente,

começava a repudiar, tudo ia rolando na sua mente

a dor na alma aumentava assustadoramente,

então o poeta incansável na sua busca freneticamente,

procura o sábio que poderia resolver seu tormento ,

frente a frente o poeta pergunta ao velho sábio:

--- Mestre, meu dilema é terrível, me mostre a luz,

ir sofrendo por esse mundo à fora é minha sina?

O ancião na sua candura imensa morava na colina,

realmente podia-se notar ser um ser de sabedoria,

uma simplicidade extrema nele e em sua cabana,

o poeta pensava de que modo aquele ser o ensinaria,

mostrando o caminho para ser realmente feliz,

na sua visão só o ser belo que poderia não ser infeliz,

no simples ancião havia muita sabedoria, ele respondia:

--- Filho, queres com todo furor procurar a felicidade para ti,

mas por ventura procuras dar a felicidade para alguém?

Sabia que muitos seres tiveram infelicidades imensas,

ah! Muitos seres da maldade provocando tanta dor,

e poucos seres da bondade trariam felicidades intensas,

bastariam poucos, porque é incontável a força do amor!

Então filho, se não tiver esta maravilhosa chama dentro de ti,

a felicidade passará longe de você, só terás imensa dor...