Olhar o Relógio

Em busca da resposta, em busca do minuto perdido

em busca do tempo passado e do medo proscrito

Em vão, com uma santa fé-cruzada

Vã filosofia após a cerveja gelada

A chuva me impede de partir

o sono me obriga a ir

Vou? Para onde? Quem quer minha presença?

Aonde estará minha frase derradeira?

E agora busco o medo transcrito, o sentimento desperdiçado

o sonho no canto com teias, coberto pelo descaso

Lua, não me deixe mais sozinho nesse bar

aonde meu silêncio não vale além do dinheiro a gastar...

Relógio anuncia meu partir

E também pronuncia meu novo porvir

O futuro desconhecido no verbo em desuso

Meu medo sereno, perene, agora recluso

E eu recuso dizer meu nome neste lugar

Minto para o futuro o que meu passado me presenteou

Na realidade, a usar ele me obrigou

Mas agora, diminuiu a chuva, porém não esparei cessar...

Mateus Müller
Enviado por Mateus Müller em 02/08/2007
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