A Araucária

1404368.jpg
(Foto - Curitiba - Julho de 2019)

Havia um pé de Araucária,
Bem pertinho de minha casa,
Era uma escultura viva,
Que eu gostava tanto de olhar.
Me encantava aquele pé de pinhão,
Tão alto, com seus longos braços,
Sempre abertos, prontos a abraçar!

Aquela árvore de beleza infinda,
erguia-se imponente na campina,
em meio á vegetação seca pedregosa,
Sobre a planície, estendia seu olhar,
Quando eu passava me punha a admirar,
Diante da Araucária quase me prostrava,
Em reverencia como se a fosse adorar!

Aquela Araucária majestosa,
Já estava muito cansada e idosa,
Seus frutos já caiam quase secos,
Nem imagino qual era a sua idade,
Seu caule já estava bem enrugado,
Mas ali de pé, olhava-nos de cima,
E nunca perdeu a sua majestade!

Mas um dia, uma forte tempestade,
Abalou aquela arvore formosa,
Chegou até derruba-la na voragem,
Foi um barulho horrendo estrepitoso,
Eu fiquei toda tremendo de sobroço,
Sem ao menos poder sair do lugar,
Pensei até que era um terremoto!

Tamanho foi o abalo corri pra fora,
Era a gigante que jazia ali caída,
Mesmo assim inda era muito linda,
A Araucária agonizava a morrer.
Mas hoje passados quase que dez anos,
Naquele mesmo lugar, no mesmo plano,
Existe um belo pezinho de Araucária!

Crescendo e seus galhos bem verdinhos,
Se agasalham ali um ou outro passarinho,
Como papagaios, sanhaçus, maritacas,
Ainda vão passar muitos e muitos anos,
Vergar-me hei fatalmente ante kronos,
Deixando pra tras a beleza dessa Terra,
E não veja mais, essa gigante “Araucária”!!!
Ahavah
Enviado por Ahavah em 15/07/2017
Reeditado em 21/01/2020
Código do texto: T6054835
Classificação de conteúdo: seguro