Chover no sertão

La vai o fogo

Queimando a mata

Matando os bichos

Devorando o sertão

Ó meu São José

Mande-me uma chuva

Pra ver se ainda nasce

Alguma coisa no chão

Essa terra é santa

Quando ela seca parece

Que não existe mais vida

É só desolação

Na hora que chove

E ninguém mais acredita

Ela fica bonita

O verde volta ao sertão

Aí tome enxada

Cavando aterra

Plantando sementes

De milho e feijão

E o sertanejo

O São José agradece

Que atendeu suas preces

E mandou chover no sertão

Ele canta feliz

E toda hora bendiz

Que chovendo na terra

Fatura tem de montão

Grato ao talentoso conterrâneo POETA CARVALHO NETO, pela belíssima interação.

Chuva de minha Quimera

Chuva que vem do céu,

Chuva que corre ao léu,

Escorregando nas encostas e barrancos,

Chuva que cai aos prantos,

Chuva dos meus encantos.

Chuva que enche córregos e rios,

Várzeas, barragens, chapadas e grotões,

Chuva que transborda de esperança,

Chuva que adorna o sertão.

Chuva que molha a terra desnuda,

Que inspira o manto verde da vegetação,

Que traz a alegria ao peito,

Por quem bate intenso o coração

Chuva que me lava a alma,

Chuva bênção que me acalma.

Chuva desejo de minha imaginação,

Minha eterna quimera,

Chuva fértil... o doce cio da terra.

José Paraguassú
Enviado por José Paraguassú em 16/11/2017
Reeditado em 20/11/2017
Código do texto: T6173165
Classificação de conteúdo: seguro