Nada quero de ti

nada quero de ti

Vale os ócios

nas questões

trigueiras da dor

vale a pressa

subtraída do peito

e as iras e a cadência todas

do verso

como asa ritimada

do que termina

e cansa e desaprova

e teima com absinto

o que não tem nome

melodia

poesia

e as vezes tantas

que se quer morrer

e duramos por ser poetas

nos desgastando

justo a mobília do amor

na avenida

e das coisas humanas

só as que gastam

banindo versos

pra nunca mais!!

MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 04/01/2018
Código do texto: T6216692
Classificação de conteúdo: seguro