PAZ NO PAPEL

PAZ NO PAPEL

( de Madalena Ferrante Pizzatto )

Um véu soturno invade o céu

e mais um dia chega ao fim.

As sombras densas e embriagadas

caminham e invadem a noite.

Sozinha e sem sair do meu quarto,

fito o teto calado e frio.

A agitação noturna emerge...

Faço - me refém do meu sono,

em vão…permaneço inquieta.

Cruzo fronteiras do irreal,

voo à deriva no Universo.

Atenta com meu sentimento,

abrigo na estrofe do verso.

Rimo meus medos e segredos.

Com a caneta tenho alento.

Quase acredito que conquisto

centelhas de paz no papel.

agosto / 2015