Utopias
Ao medo que tua boca me incute
despretensiosa e envolvida em duplicidade
Teu beijo e tua língua que me invade
os lábios teus me aquecem e me iludem...
Sintomas de um auto-flagelo
que percorre em vão tua medula
Que teu viver anula
em prol de um sorriso aberto
E enquanto os anjos dormem em silêncio
Eu olho para o céu, que me lembra teu abraço
eu pensei poder voar, e que desespero efêmero
que me correu ao atraso
E a noite já finda
em utópico desejo já saciado
E em vão, nos restou a utopia
de pensar que podíamos ter namorado.
***Mateus Müller