Utopias

Ao medo que tua boca me incute

despretensiosa e envolvida em duplicidade

Teu beijo e tua língua que me invade

os lábios teus me aquecem e me iludem...

Sintomas de um auto-flagelo

que percorre em vão tua medula

Que teu viver anula

em prol de um sorriso aberto

E enquanto os anjos dormem em silêncio

Eu olho para o céu, que me lembra teu abraço

eu pensei poder voar, e que desespero efêmero

que me correu ao atraso

E a noite já finda

em utópico desejo já saciado

E em vão, nos restou a utopia

de pensar que podíamos ter namorado.

***Mateus Müller

Mateus Müller
Enviado por Mateus Müller em 04/09/2007
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