Quem dera fosse, quem sabe será!

ao teu luar, meu gesto indiscreto

minha mão te correndo as costas

minha anja, talvez minha moça

meu amor puro e já não secreto...

Teu sonho transcrito no meu verso

quem dera fosse, quem sabe, será!

Do poeta, o mais deflagrado insucesso

e do meu corpo, o teu luar!

Quem dera seja uma poesia de guerra

que duas bocas teima em separar

Quem dera fosse teu beijo - que me erra-

quando teimo em te libertar!

Parte, vai, meu amor liberto

em cânticos que eu não sei cantar

teus lábios irão me guiar

por entre as florestas do incerto...

***Mateus Müller

Mateus Müller
Enviado por Mateus Müller em 04/09/2007
Código do texto: T638700
Classificação de conteúdo: seguro