Quem dera fosse, quem sabe será!
ao teu luar, meu gesto indiscreto
minha mão te correndo as costas
minha anja, talvez minha moça
meu amor puro e já não secreto...
Teu sonho transcrito no meu verso
quem dera fosse, quem sabe, será!
Do poeta, o mais deflagrado insucesso
e do meu corpo, o teu luar!
Quem dera seja uma poesia de guerra
que duas bocas teima em separar
Quem dera fosse teu beijo - que me erra-
quando teimo em te libertar!
Parte, vai, meu amor liberto
em cânticos que eu não sei cantar
teus lábios irão me guiar
por entre as florestas do incerto...
***Mateus Müller