Abre caminhos
Como o rio,só olho adiante. Navego às cegas nessse caminho.
No levante, arrebol em prantos, tantos,
me acendo de esperanças e me exponho à mesma vida,
que pulsa no pio da coruja e no voo do beija-flor.
O restante é poesia também, meu bem.
Que importa se o tempo passa e me queima?
Importa que há muito se faz em mim e eu nem percebia.
Importa que minha gana tem senha e abre caminhos,
mesmo tendo um fim.