Ostracio
"Ostracio"
Enquanto eu; andava...
O tempo corria,
Passava-se o agora
E como tudo sumia!
Como o dia,
Os minutos...
E morria as horas,
Ao cair da aurora...
As vezes; penso
que passo,
A metade dele...
Olhando, pela janela,
De um vagão de trem...
Ou do ônibus em movimento!
Tudo lá fora,
parece se mover...
Mas, aqui dentro
Nem consigo me
Mexer...
Tem horas...
Que, acho
que é noite,
Porém, é dia
Tem tardes
Que me parece
Madrugadas...
Abafo,
ás ondas...
De tédio, com
a fedorenta fumaça
De meu cigarro...
Quero, só um gole...
Quero, só um drink...
E acelerar com o marasmo,
Que me repele!
Ouço, o barulho
Da locomotiva...
Ou apenas, meu coração
batendo!
Enquanto, ás estrelas,
Passam por mim
Feito cometas...
Vivo, aqui no chão
Feito formiga,
Entre ás rachaduras,
Sonhando uma ilusão...
No conforto do vagão...
E o trem, vai além das horas...
Gastando o tempo,
Enquanto gravo,
A paisagem,
Em minhas memorias.