Vermelho

Defronte a janela, eu os vejo,

Assim como as nuvens,

Que se apresentam mais além,

A palmácea e o telhado vermelho.

O vento passa lambendo as folhas verdinhas

E esfarrapadas da palmeira.

Um passarinho pousa sobre as verdes folhas

Abaixa-se, acomoda-se

Abre as asas e procura alguma coisa sob elas,

Eriça as penas, balança a cabeça

E fecha os olhinhos.

A ave não se espanta com o vai e vem das folhas,

Nem se importa com o vento,

Que de quando em quando

Levanta a sua plumagem.

O pardal não se incomoda

Com a paisagem no horizonte,

Se vermelha, se plúmbeo.

A noite se aproxima vagarosa e fria.

O sol, que ainda é desperto,

Com as cores e as nuvens,

Transmutam o teto azul do céu,

Expondo aos os olhos dos seres

A majestosa arte Divina.

Edivaldo Mendonça
Enviado por Edivaldo Mendonça em 14/12/2018
Código do texto: T6526798
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