As horas

A canção do vento espanta a solidão da manhã fria

As nuvens inibem os raios do sol

Mas alguns feixes transpassam o cinza no céu

E deitam-se sobre os telhados das casas.

O dia chegou-me cheirando a novo

Mas com as mesmas e velhas coisas de ontem,

Ás quais insistem em não me deixarem.

O que de novo há em mim, são só esperanças!

Aproxima-se um novo tempo,

E talvez, eu o seguirei com as suas novas horas.

O relógio agarrado a parede não me deixa esquece-las,

Elas me espiam, nada dizem!

Só passam, sem nenhuma pressa.

Não me importo muito com as horas,

Elas não me causam mal ou bem

Só passam e se passam,

São independentes do meu miserável querer!

E se me agarro a elas é porque não posso deixa-las para trás

E nem posso empurra-las mais à frente.

Passo com elas

Assim, como elas passam comigo

E passam por mim.

Edivaldo Mendonça
Enviado por Edivaldo Mendonça em 29/12/2018
Reeditado em 27/12/2022
Código do texto: T6538140
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