O MEDO

O medo surgiu de dentro para fora.

Em poucos instantes já não tinha pés.

Minhas pernas me esqueceram e resolveram dormir.

Olhe para os lados, eu ali naquele lugar inóspito.

O guarda da rua surgiu subindo a ladeira do Bengue.

Tinha roupas pretas e boina com suástica.

Trazia no rosto a caracterisitica marcante dos assassinos.

Nenhum comprometimento com a vida alheia.

De súbito me voltaram as forças.

Mais veio de forma tão rápida, urgente.

Fui correr e cai.

Logo em seguida longos braços e uma mão cadavérica me levantou.

Olhei firme para quela face mórbida.

Me traga a morte por favor.

Surgiu um sorriso de pouquissimos dentes.

Entre estes descia fios de sangue.

Mais sou tão novo para servir de alimento.

Com licença pode me informar.

Em voz cortês aquele guarda sinistro me perguntou.

O endereço de um antigo armazém.

Já extinto pelas grandes marcas.

Mesmo assim lhe ensinei.

Vi ali ele a sumir, rumo ao seu local.

Arrastava longos fios de nylon com latinha ao fim deste.

Em uma dessas, uma data.

De meu óbito.

27042019....................

paulo fogaça
Enviado por paulo fogaça em 01/05/2019
Código do texto: T6637017
Classificação de conteúdo: seguro