RIO JORDÃO

Relembrando aqui, partes de minha história,
passagens que ficaram gravadas na memória,
quando um dia na vida, sofri um longo apagão.
Quando sozinho,fui escalando as cordilheiras,
onde carregava nas mãos, várias bandeiras,
foi lá ,onde enfrentei a nevasca e a escuridão.

Quando fui muito longe,muito além do horizonte,
quando atravessei aquela  tão perigosa ponte,
levando comigo somente uma corda e um violão.
Tambem atravessei ondas de tremenda altura,
foi lá que vi o céu sem sol,numa tarde tão escura,
foi lá, que catei pedaços de saudade pelo chão.

Comandei muitos guerreiros, em toda cercania,
lutei e venci,inúmeras tempestades tão bravia,
e atravessei nadando o sagrado rio Jordão.
Sempre sozinho, sem ter nunca uma partilha,
e já tive onde aquela estrela não mais brilha,
lutei, saí vencedor quando enfrentei a solidão.

Caminhei por muitos dias,no escaldante deserto,
onde os tuaregues chegaram de mim tão perto,
que sorridentes, foram apertando a minha mão.
Os tantos mares e nuvens,foram minhas moradias,
mas hoje...Acabou.Só me dedicando as poesias,
sempre com a santa, a santa de minha devoção.

 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 14/05/2019
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