VENTOS

Ventos que sibilam à luz do dia...
no ouro deserto dos girassóis
embalando a inerme roseira guia
dos cânticos suaves dos rouxinóis.

Ventos percorrem bosques sombrios
onde as pungentes pedras cintilam,
quando do sol despontam vestígios
que o farfalhar das árvores incentivam.
 
Ventos tocam na folhagem da fantasia
refrescando o campo branco de lírios
no instante milagroso de uma poesia
inspirada em contemplação e delírios.

Ventos que arrancam a folha amarela,
-   levando-a em frenético assoviar
-   em festejo de luzes e não flagela
deixando-a em águas mansas a flutuar.

Verdana Verdannis
Enviado por Verdana Verdannis em 13/08/2019
Reeditado em 18/04/2024
Código do texto: T6719457
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