PRIMAVERA (MINHA PRIMEIRA POESIA FEITA HÁ ANOS)

Primavera

Não darei a ti amores atrozes

Não presentearei a ti com desdêmonas cortêsas

Ficarão Florisbelas a enfeitar algozes

Ficarão Rosalinas a embelezar as mesas

Quem daria a dália a Daria

Ou quem floresceria justo na terra?

Tiros de amores e Rosas vermelhas

Estão incendiadas como a própria guerra

As violetas velejam pelos vales vivos

Violinistas vastos a viajar em Vâneas

Vitórias-régias a enaltecer-se anfíbias

Ou a jazer em fundo a escuridão do lago

O sol a girar-se só, sol gira-sol a girar-se

Segundo o sol como se segue a água

Seca não só a Camélia sandálida

Se cactos secos a molhar-nos em mágoas

E margaridas com Pato-Donald para serem dadas a Margarida

Mais garridas que orquídeas conversas

E mais que crótos dançando tango

E vide-verso, e vice-versa.

Onécimo Fiuza
Enviado por Onécimo Fiuza em 01/10/2007
Reeditado em 03/10/2007
Código do texto: T675495