Rua
Eis que fico parado em meu canto
Eis que fico marcado em teu pranto
O silêncio como um demônio franco
a rã que pula, pula...
O meu/teu silêncio agredido
O prazo curto e o dever, pervertido
É como escrever sem sentido
Como escrever na Lua
Tua pele e teu corpo desmascarado
O minuto deflagrado
O corte rente à face, o rosto calculado
No momento exato
Na hora oportuna
De calar e só falar
que minh' boca é tua
Mas a minha coragem turva
Teu olhar de desprezo cai feito luva
As totais deficiências, nada muda
o meu olhar de indiferença perante a tua rua.