Rua

Eis que fico parado em meu canto

Eis que fico marcado em teu pranto

O silêncio como um demônio franco

a rã que pula, pula...

O meu/teu silêncio agredido

O prazo curto e o dever, pervertido

É como escrever sem sentido

Como escrever na Lua

Tua pele e teu corpo desmascarado

O minuto deflagrado

O corte rente à face, o rosto calculado

No momento exato

Na hora oportuna

De calar e só falar

que minh' boca é tua

Mas a minha coragem turva

Teu olhar de desprezo cai feito luva

As totais deficiências, nada muda

o meu olhar de indiferença perante a tua rua.

Mateus Müller
Enviado por Mateus Müller em 03/10/2007
Código do texto: T678245
Classificação de conteúdo: seguro