Amarguras da vida
Quanta amargura carrego
Neste peito desconsolado
Esta vida sem sossego
De um pobre abandonado
Meus tempos de criança
Implorando por um aconchego
Vivendo de esperança
Das promessas não cumpridas
Meus dias foram tristes
O horizonte foi meu sonho
Neste olhar que resiste
A todas as atrocidades
Mantendo este sorriso tristonho
Valores da minha vida
Que os anos não mais devolvem
Deixaram-me as feridas
Que os prantos não dissolvem
Mas uma coisa sempre me consola
A figura de uma guerreira
Que foi pra mim uma escola
A presença de minha mãe
Minha amiga, minha parceira
(CARLOS R. MERLO)