Surdina

No cerrado, lá no alto um sino canta

Da capelinha, num badalar soturno

Canta um sino e a melancolia pranta

Finda o turno!

Canta, pranta o sino no campanário

Como se assim se quisesse

Benesse, no chuvoso dia solitário

Resplandece...

Na messe! Canta e pranta silente

Na torre da igrejinha sem estresse

E o dia adormece, docemente

18 horas: - tal uma prece!

O coração abafado e vazio

Num acalanto o sino canta

Nebuloso dia... Que frio!

Triste melodia, triste mantra...

Sina!

Bate o sino... surdina!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

25/01/2020, 19’47” - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/H-Ro53ULN_c

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 26/01/2020
Reeditado em 26/01/2020
Código do texto: T6850621
Classificação de conteúdo: seguro