ALÉM DAS MARGENS...

Como regar as palavras

De forma que elas se transformem...

Em frases e versos?

Como manter os contornos

Dos avessos sem que eles deformem...

A visão do verbo?

Como esquecer o silêncio

Quando ele converte o enorme vazio...

Num oceano de imagens?

Como negar a razão

Que conduz as emoções no rio...

Onde margem é lágrima?

Regadas as palavras,

Transformam-se as formas...

E nas frases nasçam os versos.

Mantidos os contornos,

Deformem-se os avessos...

E o verbo vislumbre a visão.

Esquecido o silêncio,

Converta-se o vazio...

Em imagem de vozes abrindo oceanos.

Negada a razão,

Conduzam-se as emoções...

Em rios de lágrimas contidas de alegria.

tchellyno
Enviado por tchellyno em 03/11/2007
Código do texto: T722185