MOÇA NA JANELA

Abro a janela só para vê-la cair,

Estatelar de vez em gotículas sinfônicas,

Molhando por completo,

meu telhado, meu jardim, minha imaginação.

Cai suavemente uma infinidade de gotas,

Ativando meus sentidos.

Na tentativa de segurá-las, Estendo as mãos,

Ledo engano, formam-se a jorrar.

Trazem consigo o gosto e a essência de uma manhã de domingo.

Despertando em mim o frescor

De uma paz que eu não conhecia

Recorro aos muitos planos feitos para mais um dominical.

A única coisa a não conter na lista é ficar em casa.

Inesperadamente, não sinto falta de mais nada, e tudo que eu quero é que o tempo continue a serenar