O VENTO D'OESTE

O VENTO D'OESTE

Manoel Belarmino

O sopro do vento

No girar da Terra

Em cada momento

Num canto se encerra.

O vento molhado,

Orvalho sereno,

Que cobre, malhado,

O vivo terreno.

Trovão, trovoada,

Clarão de "relampo"

Ou noite acalmada

Pelo pirilampo.

São noites escuras

Com rasgos de raios

Molhando as securas,

Curando desmaios.

Oh ventania d'oeste,

Que consigo arrasta

Chuvas pro Nordeste

E a secura afasta!

Faz-me, numa noite,

Assim, renascer,

Novo, sem açoite,

Desperto, crescer.

Manoel Belarmino dos Santos
Enviado por Manoel Belarmino dos Santos em 02/12/2021
Código do texto: T7398555
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