TEMPOS MEDIEVAIS



Quebrei de uma corrente, muitos elos,
e uni los agora, não conseguirei mais,
fui separado, dos majestosos castelos,
de onde vivi, nos tempos medievais.

Só no pensamento, uma torre escalo,
como aquela, nos arredores de Turim,
mas vejo me, cavalgando num cavalo,
por planícies que nunca tinham fim.

Belos tempos! Desses elos já perdidos,
de belas damas e poderosos senhores,
que saudades, dos namoros proibidos,
nas vielas, cobertas por lindas flores!

Tantas lutas, escalei muitas muralhas,
em centenas de guerras ,lá combatí,
participando de milhares de batalhas,
mas não recordo, quantas delas vencí.

Castelos, e torres, do tempo medieval,
muitas vezes ferido, em noites escuras,
briga para viver, era um mundo animal,
o peso  da máscara, e das armaduras.

Fui um bravo.Saudosos tempos meus,
famoso como um excelente arqueiro,
durante anos,por verdes vales europeus,
fui aclamado, como grande guerreiro.

Foram muitas namoradas, recordo elas,
nenhuma, em meus caminhos matei,
por doentios ciumes, cortes em goelas,
com a espada, algumas, em duelos cortei.

Frequentei torres, de tantas familias reais,
e dormi no chão, em vielas, numa tenda,
fui guerreiro, lá dos tempos medievais,
fui temido, fui um bravo, fui uma lenda.

Séculos depois, sonho, e os elos perdidos,
lembranças, aventuras, guerras que vivi,
voltaram, os meus sonhos esquecidos,
para dizer me, que em guerra não morri.
 

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 03/01/2022
Reeditado em 04/01/2022
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