Poeminha do Amor Despedaçado

Trago em mim todas as incertezas de uma alma antiga

Vivo perto demais do fim de tudo e as rosas que irrigo são volúveis

Quero o berço abençoado das manhãs para embalar as minhas poucas esperanças

Trago nas mãos terços que não rezei porque tive medo de perder a fé de vista

Vivo longe dos amores que pensei ser definitivos e eternos.

Quero o colo do moreno para descansar os suspiros desse mundo repleto de cafunés interrompidos

Trago em mim a calmaria do mar e a inconstância das marés. Sou feita de areia movediça.

Vivo em espasmos!

Quero esparramar o sentimento mais belo em terreno árido

Trago vidas nas esperanças que teço nos terços não rezados no colo do moreno que me marcou a pele com amor despedaçado

Trago sem sentir a vida que quereria se ainda pudesse ter-te logo ali, naquela esquina onde nunca mais te vi.

Iza Calbo
Enviado por Iza Calbo em 21/01/2022
Código do texto: T7434191
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