Escrever Educa...
Escrever foi uma pequena sementinha um dia plantada
Não sei por quem, não sei pelo que, mas foi sedimentada
Só sei que ela nasceu talvez da alegria ou mesmo do pranto
Às vezes bonita, às vezes nem tanto...
Escrever deve ter vindo do céu ou mesmo da vida
Em uma tentativa vã, talvez um pouco sofrida
Mas ao final do texto rimando às avessas
Uma hora saindo do coração, outra hora da cabeça
Escrever deve ter nascido das palavras que do poeta soa
Talvez Cora Coralina, talvez Fernando Pessoa
Mas veio devagar porque o talento não foi completo
Para um ser normal, nas letras um quase analfabeto
Escrever deve ter nascido das intempéries e alegrias
Às vezes pulando de contentamento, outras chorando da nostalgia
Mas as rimas e desejo de me expressar
Era tudo o que eu queria: conjugar o verbo amar
Amores vieram e amores foram embora do coração
Agradeço a cada uma delas pela inspiração
Porque sem os amores e suas tristezas
Não teríamos das palavras a nobreza
De escrever o que vai fundo na alma
Do que nos entristece e nos acalma
Por isso, só tenho a agradecer àqueles que no meu caminho
Ajudaram a ser o que hoje eu sou: amor, saudade e carinho
(Paulo Eduardo)