MEIO MAIO

MEIO MAIO

O frio de junho

vagarosamente invade

minh´alma.

Um vento frio,

pelo corredor da mente,

varre palavras

armazenadas na imaginação.

Ainda que seja de maio,

- do meio de maio -,

gosto do vizinho junho,

com seu frio acolhedor.

Sugere um café

nesta varanda,

onde o sol da tarde,

entre árvores, flores e frutos,

sem alarde,

anuncia o fim do dia.

Sou de maio,

quase meio de ano:

o ano inteiro,

com meias palavras,

crio metáforas - fora

de qualquer calor:

inexatas, de falso valor.

Meias palavras

se inserem na poesia

revelando minh´alma

quase pia

entre terna e fria,

entre a terra e o amor.

Nelson Marzullo Tangerini.

Nelson Marzullo Tangerini
Enviado por Nelson Marzullo Tangerini em 06/05/2022
Reeditado em 06/05/2022
Código do texto: T7510163
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