A Vila

Estou morando na vila

com meus sonhos de borboleta sobrevivente,

com espantalhos e plantações,

com pássaros arrulhando dentre vegetações

Ando em noites e dias em silêncio

Trespacei os véus do esquecimento

e estou além da imaginação.

Não há entrada ou saída.

Estou comendo o que planto,

bebendo água nascente das rochas

envelhecidas.

Estou morando na vila,

na casa da árvore,

à esquerda do lago sul,

d'onde me atraem os corpos de luz

Renasci... é que cresci,

e estou morando na vila;

sem nada,

sem causas ou coisas,

n'um céu azul expansivo

e mares desertos às tempestades.

Enfim, morando em mim

Nunca recebo visitas.

Há prenúncio de paz pós ruínas,

há tempos ninguém vem;

não ouse chegar, não há saídas;

Agora existo na Vila.

Corina Sátiro - 10/08/2021

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 15/06/2022
Reeditado em 15/06/2022
Código do texto: T7538488
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