__...Lufadas invernais...__
Eriça-me cá, ó gélido favônio
Com teu sopro dúctil, imo senil
Afaga as mias máculas d´outono
Edifique a invernia, lúgubre e febril
Sou alma dantesca, espírito do fogo
Eternizado ao cálido lumaréu
Eriça-me cá, ó flébil favônio
De tuas lidas, eu sou o teu réu
Bailam as fagáceas sob o teu manto
Envereda-me ao relento bucólico
Ouço tuas notas, prezo teus cantos
Eriça-me cá, ó furacão melancólico
Aos pálios recebo-te, querida lufada
Eriça-me cá, aos teus amplexos frios
Desta névoa pálida, aprecio tu´alvura
Inebriante alma, a causar calafrios