UM PARADOXO SE ESCONDE

 

 

 

 

 

Entre prantos e risos, o coração vem e se revela

A'lma floresce, ela cresce, melancólica e bela

Então a cada palavreado o vil espírito confessa

Um paradoxo se esconde, nó triste pregressa.

 

Nas entrelinhas, a dor encontra a sua morada

Enquanto a vagueza conflita em toda jornada

O sorriso e o choro se entrelaçam num papel

Emaranhado, regados de sentimentos em fel.

 

A vida e a lida é como um riacho gélido a correr

Transborda de emoções, nunca para de'smorrer

Um fluxo constante de ilusão errônea e saudade

Mescladas matizes pálidas da eterna dualidade.

 

No ilusivo olhar de poeta, o mundo todo se traduz

Versos líricos, sombrios, menestréis, e a sua cruz

Um oceano de palavras fictícias, é um mar revolto

Ondas gigantes de absortos e agruras, vão absolto.

 

E assim, no pávido eterno dos paradoxos inversos

A vida tece em finos fios soltos, frouxos e emersos

Uma crua e real cadência fustigada d'alma e mente

Onde o tédio e a mesmice se enlaçam ferozmente.

 

E que a poesia falada ou escrita siga seu curso

Nos levando além, ao mais desmedido decurso

Amargoso paradoxo, trevas e luz que assombra

Balsâmica essência, olência, ensombra, e'nxombra.

 

 

 

 

 

 

LARGADOS PELOS CAMINHOS

 

A NATUREZA EXALA DOCE MELODIA

 

A NATUREZA SEGUE SEU CURSO

 

NOSSO AMOR É UMA POESIA

 

COMO UM JARDIM