Estrada de Minas

O sol se punha, à noite se avizinhava e a chuva nos tugúrios caia , pela estrada eu ia, a solidão o pensamento atormentava corroía, só elementos da natureza no ermo da noite se ouvia, entre rochedo e casebre dos pequenos lavradores.

O pingo da chuva na folha me assustava, o vento me assombrava com seu uivo na madeira lascada, animais gritavam, o urutau cantava, alegrava e acalmava meu viver, o capão era deserto e eu via de perto a solidão que naquele ermo habitava meu ser.

Cantei uma canção p’ra vida, veio o sol a floresceu, canto de lavrador, canto de louvor que talvez ninguém tivesse ouvido na estância onde eu nasci, Sericita terra querida hoje sem minha presença faz parte da minha vida.