MULA MANCA

No crepúsculo da vida, o velho caminha devagar,

Como a Mula Manca, histórias nos olhos a contemplar.

Passos lentos, marcas do tempo no seu caminhar,

Ambos carregam a bagagem da vida, a pesar.

A Mula Manca, com cascos marcados pela estrada,

O velho, com rugas, testemunhas de jornada.

Ambos conhecem o peso do trajeto vivido,

Cada passo, uma memória, um suspiro compartilhado.

No silêncio da tarde, a Mula Manca relincha baixinho,

Enquanto o velho, em seus pensamentos, mergulha sozinho.

Ambos guardam segredos, sonhos e saudades,

Na sinfonia do tempo, entrelaçam suas realidades.

Como a Mula Manca, que enfrenta a estrada incerta,

O velho enfrenta o tempo, uma jornada de descobertas.

Cada um carrega a experiência no lombo da existência,

Mula e Velho, símbolos de uma bela resistência.

Assim, na calma do entardecer, se entrelaçam as histórias,

Mula Manca e velho, testemunhas de memórias.

No crepúsculo da vida, na estrada a se estender,

A beleza está no caminho, onde a sabedoria vem florescer.

Tião Neiva

TIÃO NEIVA
Enviado por TIÃO NEIVA em 24/11/2023
Reeditado em 24/11/2023
Código do texto: T7939429
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