Itaperuna, RJ

 

As garças sobre o ribeirão,
Elas vêm e vão!
Austeras sobre toda essa maldade,
Brancas, pacíficas e livres
Em seu voo de felicidade!
Olhai as garças sobre esse ribeirão,
Planícies e imensidão...!
Os verdes campos, um amarelo caudal,
os montes de onde vem o socorro,
as montanhas de Maomé, Oxum, Dona Janaína
e todo o panteão da fé!
As garças sobre o ribeirão, elas vêm e vão
Como as ondas do mar onde estas correntezas se dão!
Que são austeras, mas quando precisam são sorrateiras
na procura do peixe de cada dia, o seu pão!
Sempre em bando sem serem malfeitoras,
de penas brancas não sendo serafins!
São garças sobre o ribeirão, cavalos na cocheira,
Estrelas num luar de sertão, e pela manhã, 
borboletas sobre o jardim!

 

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