Alma nua

Menino carente – sou eu

Em busca de espaço, de tempo

Pra ser gente; ser bicho, talvez

Não ser sombra que assombra

Ou ser pai sem razão

Devendo sonho, atenção

Amante sem tom – dissonante

Confundido no toque do peito

Que aperto! em ciranda

Me vejo, me assusto, me perco

Palavras? Não sei que palavras...

Acenos incertos, vacilantes

Não entendidos – atritos

Acaso maquino maldade

E inocente, invado terreno

Avanço limites, habito, coabito

E mudo, meu grito, e lágrimas

Não vistos, não cridos:

Trucidam minh`alma

E agora?...

Que houve, que há

Palavras, afagos

E meigo olhar

- O coração perdoa?!

Geraldo Gabliel - o Pai.

Gabliel Coelho
Enviado por Gabliel Coelho em 11/04/2024
Código do texto: T8039544
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