IDÍLIOS
Tanto silêncio num idílio jovem...
E morre o grão de trigo e gera o trigo.
Lei do amor é morrer no próprio amor.
Meus limites de homem que estremecem
ganhando força as minhas sensações.
Um fiozinho que freme de ternura
espumas ondulantes na minha alma.
És o sinal da cruz do meu rezar
a cor mais linda que me exalta a esprança.
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Tanto silêncio num idílio jovem...
Agora em tuas mãos a açucena,
agora as emoções que vão nascendo.
Agora o teu sorrir cheio de graça
agora namorando intimidades.
Noite me faço - teu sorriso é estrela
um sonho tens - acordo no teu colo.
E as sombras gementes vão compondo
as estrofes suaves da manhã.
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Tanto silêncio num idílio jovem...
Que eu peça às brisas leves da manhã
que te falem meus meus passos que te buscam?!
Que a matutina aurora ao despertares
te diga quanto és carne do meu sonho?!
Que pelos fins da tarde os meus anseios
naufraguem na ternura dos teus gestos?
Que apunhalem a noite os meus desejos
e tu moça-mulher sendo meu trono?!